10 outubro 2012

Vício


Eu precisei sair de casa, vir pra Baixada pra poder descobrir que sou total e completamente viciada em internet.
É claro que já desconfiava, era só contar quantas horas ficava na frente do computador, mas aqui, com o péssimo serviço de conexão é que tive certeza absoluta.
E pior, a droga do 3G costuma funcionar apenas nos poucos minutos antes da hora em que tenho que sair pra trabalhar, parece coisa mandada!
Tô chegando atrasada/em cima da hora quase todo dia.
E só agora percebi como estava mal acostumada com a cobertura de São Paulo. Ô saudade!
Abstinência #on.

07 outubro 2012

Saresp


Estou aqui tentando planejar uma aula para meus aluninhos anjos do 7º ano, a intenção é prepara-los para o Saresp.

Parece que o último lá da escola não foi lá essas coisas. Então a pressão intenção agora é que os professores os preparem melhor para a avaliação de 2012.

O problema é que estou perdida, entendo que preparar aluno para Saresp é prepara-lo para entender o texto, compreender o que o texto está dizendo. E isso não se consegue em três aulas, muito menos em três aulas em que o professor é vigiado pelo coordenador da escola. Fui intimada avisada da aula na sexta feira, sexta a noite vim pra Sampa, sábado e domingo estava em outro trabalho e agora estou aqui tentando tirar um coelho da cartola.

Acredito que uma das maiores dificuldades em relação a avaliações desse tipo é fazer o aluno entender sua importância, a maioria dos alunos não pensa antes de colocar um x na resposta. Aliás, eles nem sequer leem o texto. Aí fica difícil não é?

Feita de Fumaça e Osso




Acabei de ler hoje o livro “Feita de Fumaça e Osso” de Laine Taylor.  
Comecei a ler o livro por acaso, baixei o arquivo em pdf de algum lugar da net que nem lembro e coloquei no celular, estava lendo a série “Imortais depois do anoitecer” de Kresley Cole, acabei o livro nove e o plano era começar o dez, mas deu pau no arquivo e fiquei sem nada pra ler, aí achei o Fumaça e Ossos no cartão de memória e como sou uma leitora compulsiva comecei a ler. Minha opinião sobre o livro:

Embora não esperasse, gostei do livro. Muito. É, como se pode adivinhar pelo título, literatura fantástica, e tenho lido vários livros desse gênero ultimamente, tudo o que tenho a oportunidade de pôr a mão (ou o olho no caso dos e-books) eu leio, então imagine a quantidade de livros ruins que ando lendo.

O livro é bom, sobre uma adolescente de 17 anos chamada Karou que tem o cabelo azul e foi criada por Quimeras, seres estranhos metade humanos metade animais, numa loja que vende desejos em troca de dentes, é isso mesmo, dentes. É esquisito e só entendemos para que servem os dentes no fim do livro.

Ahh, quase esqueci de falar que também tem anjos no livro, pra quem gosta...

Tem uma coisa me revoltando nos últimos livros que li. Alguém ai me diga por que raios praticamente todos esses livrinhos de evasão tem que fazer parte de uma série?!

É muito chato, lá está você lendo a porcaria do livro, doido pra saber que fim terá a trama e de repente encontra um “continua”. Putz! É livro ou novela?! Porque consigo visualizar perfeitamente no fim do livro a frase: “não perca o próximo capitulo”!

Muito quebra clima.

06 outubro 2012

Sabadão


Sabadão no trabalho, confusões na equipe (problemas de comunicação interna), mas nada que não possa ser resolvido com algumas poucas concessões.

Amanha é dia de eleições e os professores foram convocados para trabalhar lá na escola. Terão direito a uma folga. Infelizmente não poderei aparecer por lá porque meus finais de semana e feriados são dedicados ao meu emprego numero dois (atendimento ao público, Pronto Socorro), sou  saco de pancadas folguista na recepção .  Como atualmente  minha vida está dividida entre duas cidades, o salário de professora não é suficiente pra pagar todas as contas. Mas esse ir e vir entre São Paulo e Baixada Santista me deixa ansiosa, e quando fico ansiosa eu como, e lá se vai minha dieta dos pontos, meu limite é 370 pontos, ontem consumi 697.

Vou fazer como os alcoólatras anônimos e viver um dia de cada vez. Tentar me controlar hoje, até agora vou indo bem, vou ver se consigo continuar dessa forma apesar de ter uma festa de aniversário depois do trabalho hoje.

A vida é cheia de tentações.

05 outubro 2012

Professorando


Ontem finalmente consegui uma conexão estável o suficiente para me registrar no blogger e começar este blog. Aêeee! Finalmente a Tim 3G funcionou mais que 3 segundos aqui em casa! Tudo bem que não foi tempo suficiente pra arrumar o template como eu queria, mas não se pode ter tudo.

Mudando de assunto... nunca, nunquinha pensei que ser professora fosse tão exaustivo!

Sou nova na profissão, comecei a lecionar aos 38 anos (em fevereiro deste ano), depois de uma longa “carreira” em atendimento ao público (que diga-se de passagem, é um trabalho bem filho da puta). Apesar de todas as dicas e insinuações que ouvi na faculdade, nada me preparou para a realidade da sala de aula. Me falaram que era ruim, o salário baixo, os alunos mal educados, tudo isso e mais um pouco, mas eu sempre fui ingênua/esperançosa, e pensei que não podia ser assim tao ruim.

Bom, eu estava certa e errada. Peguei aulas em quatro sextas séries (7º ano) e meus alunos são ativos, muito ativos, então fico a aula inteira assim:
".. Mariana não sai da sala, Matheus não bate nela. Ricardo! Senta. Não joga papel na menina! Não chuta o colega! Desce da cadeira! Não põe a mão no ventilador! Não pega meu giz pra jogar nos colegas menino!"

Aff... imagine isso em 5 aulas seguidas! Saio da escola sentindo que passei o dia carregando pedras.

E ontem, seguinte cena na sala de aula:

Eu estava lá tentando ajudá-los a interpretar um texto, falando pra ninguém na frente da sala quando  ouço:

Aluna nº 1 :“Professora o Breno me chutou”

Aluna nº2: “Professora, o Breno me bateu”

Aluno nº 3: “Professora, o Breno xingou a minha mãe”

Detalhe: Os três alunos gritaram isso num intervalo de um ou dois minutos!

Caraca o que uma professorinha iniciante, como eu, faz com o Breno?

Falo com o Breno e o anjinho me atropela no caminho pra porta da sala porque todos são injustos com ele.

E pensando na cena lembro daquela música do Zeca Pagodinho “Vacilão”, desse trecho:

...Quis comer arroz doce com quiabo
Botou sal na batida de limão
Deu lavagem ao macaco, banana pro porco, osso pro gato
Sardinha ao cachorro, cachaça pro pato
Entrou no chuveiro de terno e sapato
Não queria papo ...”

E em homenagem ao Breno, aí vai a música pra você;







04 outubro 2012

Acordei meio deprê hoje, preguiça, carência em alta, vontade minima de enfrentar a vida.
08:30hs celular desperta ao som de Caetano (calmo, escolhido com cuidado pra nao me estressar logo ao acordar), deixei tocando virei pro lado e peguei o mesmo celular para recomeçar
o livro do dia anterior e me perdi na vida alheia de novo, que alias é bem mais interessante que a minha manhã.
Mas claro, tenho uma vida pra colocar em ordem, aula pra preparar, relatorio pra fazer...
Entao sai da cama e fui lá comer algo pra enfrentar o dia.
Ôpa, balança antes do café da manhã (100,400g nada mudou ainda, peso não baixa (Talvez pelo super pedaço de bolo de cenoura com chocolate de ontem? Ou pelo escorregão no risoto?);
Parece que estou recomeçando a dieta dos pontos todo dia! Pão. Adoro pão!Um dos meus maiores pecados nessa vida de Reeducação alimentar é esse, pão, sei que posso comer com moderação, os integrais preferencialmente, mas gosto mesmo é do pão francês, com manteiga, sem tirar o miolo,por favor, não entendo isso de tirar o miolo do pão, pra mim é a parte mais gostosa, alias se é pra tirar o miolo, melhor comer torrada.
Uma internet desesperadoramente lenta, um prazo desesperadamente curto.
 Nessas horas, o que vc faz?
Joga o notebook pela janela? Chora? Muda de cidade?
Essas são minhas duvidas de hoje amiga, mentira, esse é o drama que vivo desde que decidi mudar pros lados de cá, em busca de uma melhor qualidaded de vida, cidade mais calma, ritmo mais lento
internet parando.
E é nessas horas que penso: Ai que saudades de casa!
Saudade de minha mãe, dos meus cães, do meu apezinho, da minha Internet que funciona...
Dá até vontade de desistir da "qualidade de vida" e voltar pro corre-corre de sempre.